ABSTRACT
O estudo teve como objetivo analisar as concepções de promoção da saúde nos discursos de gestores do âmbito da assistência social, cultura, educação, esporte e lazer e saúde. Trata-se de estudo descritivo e exploratório de abordagem qualitativa ancorado no referencial teórico da dialética. Os dados foram obtidos de entrevistas com gestores das áreas estudadas, seguida de indicação de uma prática exitosa realizada no âmbito da sua gestão. Os achados empíricos foram tratados pela análise de conteúdo temática. Os resultados revelam dificuldades dos gestores em conceituar a promoção da saúde. Em especial, na área de educação e assistência social, não houve indicativos, nos discursos dos gestores, das premissas da promoção da saúde. Entre as práticas analisadas, sobressaem as ações com os idosos; práticas integrativas e complementares (Yoga e Tai Chi Chuan) e as práticas de incentivo ao esporte para adolescentes. Nessas práticas, foi possível evidenciar o movimento de construção de outro modo de fazer saúde que atende os determinantes sociais, a participação social, o empoderamento, a autonomia e a responsabilização dos usuários. Conclui-se que o município tem um potencial para as práticas que rompem com o modelo tecnoassistencial, diminui a vulnerabilidade e contribui com a qualidade de vida da população. Contudo é necessário investir no campo conceitual da promoção da saúde como prioridade político-institucional e ampliar as articulações intersetoriais que potencializem as experiências locais de promoção da saúde.
The study aimed to analyze the concepts of health promotion in management discourse from the areas of social care, culture, education, sports and leisure, and health. This is a descriptive exploratory study with a qualitative approach anchored in the theoretical framework of dialectics. Data were obtained from interviews with managers in the areas studied, who were indicated by successful practical achievement under their management. The empirical findings were run through thematic analysis. The results reveal managers? difficulties in conceptualizing health promotion. In particular, in the education and social assistance areas, there was no indication of the premises of health promotion in the managers? discourse. Noteworthy among the practices examined were: actions with the elderly; integrative and complementary practices (Yoga and Tai Chi Chuan); and practices to encourage sports for teenagers. In these practices could be seen the movement to construct another mode of health care that addresses the social determinants, social participation, empowerment, autonomy, and user accountability. It is concluded that the city holds potential for practices that break with the technical care model, reduce the vulnerability, and contribute to the quality of life of the community. But it must invest in the conceptual of health promotion as a political-institutional priority and expand intersectorial connections that enhance the local health promotion experiences.